quinta-feira, 9 de junho de 2005

Com puta dor

(mudemos, um pouco, o estilo)

Li que o cérebro humano é o processador mais rápido do mundo em determinados momentos. Nenhum supercomputador seria páreo. O raciocínio prático pode teorizar e calcular valores absurdos em um milionésimo de segundo. Mas é também o maior banco de dados que se tem notícia.

Talvez o segredo da inteligência seja a senha de acesso. Cada vez me espanto mais com a intensidade das coisas simples. Nenhum algoritmo inquebrável ou seqüência alfa-numérica extensa. Só um cheiro, um susto, um toque do travesseiro.

E computador humano entra em atividade. Imprime milhares de páginas de olhares que me fazem devanear. Converso com quem não está ali. Monto histórias do que seria. Faço surpresas indesejáveis.

Ordena a liberação de um sem número de hormônios bombardeiros, que angustiam, depois libertam. Sinto, cheiro, vivo.

Sonho! infectou o programa.

O antivírus entra em ação com atraso. Scaneia, separa, define. “Encontrado vírus de alto risco. Excluir?”. Clico em “Quarentena”.

Copyright © 2005 Lawrence Wengerkiewicz Bordignon

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